terça-feira, 17 de maio de 2011

A ironia (e o perigo) do MoU

As medidas fixadas no MoU tornam a economia portuguesa dependente do exterior ao estabelecerem uma redução do consumo interno (via austeridade) e orientações políticas no sentido do aumento das exportações. O pagamento do empréstimo do MoU está dependente dessas exportações. Isto significa que a nossa capacidade de "cumprirmos com as nossas obrigações" está dependente da importação dos nossos bens pelos outros países, nomeadamente pelos nossos credores. Mesmo admitindo que o empréstimo é pagavel, se eles não importarem, não conseguiremos pagar. Ou seja, se algum dia quiserem apertar-nos, têm-nos na mão.

O que é ter na mão? pode passar por um "comprem lá estes submarinos"... ou um "vendam lá mais esta empresa pública"...ou um "dava-nos jeito que a TAP ficasse connosco"...

Isto faz algum sentido?!

É importante exigir (no mínimo) a renegociação do MoU. Os tempos difíceis virão de qualquer das formas e só através de um aumento do consumo interno e da produção de bens para o consumo interno poderemos realmente safar-nos disto.

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