domingo, 24 de julho de 2011

Marchas indignadas - apontamentos (a posteriori)

Uma intervenção do prémio Nobel da Economia, Joseph Stiglitz, na Assembleia de Economia do Retiro

Uma série de fotografias da chegada das marchas a Madrid

e muito mais informação em acampadasol

A História da Acampada

Para que não se diga que não existiu

#SpanishRevolution, documentary about the indignant 15M movement from Lainformacioncom on Vimeo.


Marchas indignadas III

Acorda-nos Espanha, que Portugal está dormindo.


Indignação é viver num país que se permite enterrar sem a presença de Presidente da República um Prémio Nobel cujas palavras inspiram outros a tanta cidadania e humanidade!

Marchas indignadas II

Un policía local de Madrid habla a la asamblea: "Todos somos indignados". Pide a sus compañerxs "respeto, respeto y respeto". Manos alzadas y aplauso inmenso para él.

Marchas indignadas I

"Sin violencia podemos llegar a ser un gigante, modesto pero grande y reflexivo. A la calle, que es el sitio al que nos obligan a ir."

sábado, 23 de julho de 2011

Não é uma crise, É o sistema


Hoje as marchas indignadas chegam a Madrid. Não é de crer que os meios de comunicação social dêem cobertura a isto. Pelo menos os nossos, não. Vale a pena seguir em http://politica.elpais.com/tag/movimiento_15m/a/.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Money

Ainda ajuda?!

No público

"Banca empresta 37 mil milhões para nova ajuda à Grécia"

Ajuda, sempre a ajuda...mas qual ajuda?!

Imaginemos que eu tenho alguém trancado na cave sem comida. Uns dias depois, vou lá negociar com ele. E chegamos a um acordo. Eu dou-lhe um paposseco se ele aceitar emagrecer mais um pouco. Uns dias depois, retorno lá e ele está em pior estado. Claramente viveu a cima das suas possibilidades, recusando-se obstinadamente a reduzir a sua taxa metabólica até níveis que lhe permitissem manter-se. A mim, não me convém nada que ele morra. Pode dar problema com polícia e tudo. Chato, muito chato. Por isso, junto-me com uns amigos e decidimos dar-lhe 2 papossecos juntamente com novos conselhos e exigências para que reduza a sua taxa metabólica. Mas desta vez de forma mais gradual porque afinal de contas, sempre são 2 papossecos. Chamamos a esta nossa intervenção: ajuda. Para o fazer sentir-se melhor.

Ajuda, sempre a ajuda...mas qual ajuda?!

Um programa invejável...

Por entre Dead Combo, Virgem Suta, Clã, Amor Electro, Trovante, Mayra Andrade, Camané, Sérgio Godinho, Xutos e Pontapés, Danças Ocultas (e todos os outros bons que me perdoem...), mais uma demonstração de uma excelente e dedicada organização de um partido cujos métodos e programa não subscrevo, mas que há muito aprendi a respeitar pela sua defesa de causas sociais que me são comuns e pela atitude corajosa e determinada que assume nesta vida. Mais informações aqui




quarta-feira, 20 de julho de 2011

Público +

O Público apresentou hoje um novo projecto. O Público +.

No Editorial do Público de hoje, Bárbara Reis, argumenta

"O problema é que, ao contrário dos tablóides, cujas vendas continuam a subir, o jornalismo de qualidade não encontrou ainda o modelo de negócio que lhe permita auto-suficiência e saúde financeira."

e depois explicita:

"Ao fim de um ano e depois de reuniões com muitas empresas e instituições, o Público Mais recebeu o apoio de seis empresas, às quais agradecemos hoje, nestas páginas, e assim o faremos uma vez por mês ao longo dos próximos dois anos – a duração deste projecto.

Estas seis empresas – EDP, Galp, Mota-Engil, Banco Santander Totta, REN e Vodafone – mostram deste modo o seu perfil filantrópico e acreditam, como nós, na importância do jornalismo de qualidade. E uma última coisa: revelam ser empresas de grande maturidade. Porquê? Porque aceitaram o princípio da total independência, aceitaram que não vão discutir nem saber com antecedência como o PÚBLICO vai usar os recursos deste novo fundo, aceitaram receber prestação das contas – onde fomos, fazer que trabalhos e gastando exactamente quanto – apenas no fim de cada ano.

Estas empresas sabem que o PÚBLICO não fará jornalismo nem mais nem menos simpático sobre qualquer tema de Portugal ou do mundo, incluindo as suas próprias empresas. Não somos nós a dizê-lo, foram os próprios presidentes dos conselhos de administração destas empresas que o disseram. Não há contrapartidas."

O que dizer de tudo isto?

Sintetizemos...O Público procura "um modelo de negócio que lhe permita auto-suficiência e saúde financeira" e ele é encontrado em 6 multinacionais que a troco de um agradecimento "uma vez por mês ao longo dos próximos dois anos" dão largas ao "seu perfil filantrópico" acreditando "na importância do jornalismo de qualidade" e revelando "ser empresas de grande maturidade". A independência da informação não é apenas dita pelo Público, são "os próprios presidentes dos conselhos de administração destas empresas" que o dizem. E se eles o dizem, por certo não haverá dúvidas [porquê? porque se fossem apenas os jornalistas do público poderiamos suspeitar de conflitos de interesses, mas assim, definitivamente não]

Meu Deus!!!

e que dizer de alguns dos argumentos evocados, quando se cita inclusive a PBS como exemplo, sem dar conhecimento que este canal recebe o seu financiamento de um leque muito alargado de entidades incluindo "member stations' dues, the Corporation for Public Broadcasting, government agencies, foundations, corporations and private citizens." e não apenas de "corporations", que ele aposta forte na diversificação de fontes de financiamento como forma de garantir a sua independência, e que muito sofre quando o estado desinveste nela, porque só os privados não chegam para garantir a qualidade da programação.

Meus Deus!!!

Mas será que esta gente não entende que nunca, nunca, uma destas empresas financiaria algo que pudesse efectivamente prejudicá-la?!

Mas será que esta gente não entende que quando for altura de pagar ou receber salários, no seu subconsciente estará sempre uma preocupação em não atingir que os paga?

Mas será que esta gente não entende, que lhes será moralmente impossível, conduzir uma investigação a fundo a potenciais conluios entre altos cargos de destas empresas e altos cargos políticos?

Mas será que esta gente não entende que apenas 1/100 editores seriam capazes de ir até às ultimas consequências numa investigação às negociatas das energias renováveis ou das ppp sem ser (ou se sentirem) pelo menos um pouco pressionado por estar a por em causa o seu emprego e, sobretudo, o dos seus colegas?

Ou entende e faz de conta que não porque admiti-lo seria demasiado duro?

Tempo*

Dai-me tempo
dai-me o tempo que preciso,
inventai-o,
é urgente,
inventai-o,
já!
O tempo,
o tempo que preciso,
para escrever tudo o que preciso.

É que são tantas coisas, meus Deus
Tantas!
É que não tenho mãos a medir, meu Deus
Não tenho!
E assim não consigo meu Deus
Não consigo!

Tempo,
Falta-me o tempo.
Tempo,
para tudo denunciar,
para tudo comentar,
para tudo ler,
para tudo informar...

Falta-me o tempo,
O tempo para te ajudar
Portugal
que te matam,
No tempo que nem eu,
nem ninguém,
parece ter.


*inicialmente intitulado "Ao Deus dos Blogs"

terça-feira, 19 de julho de 2011

"O efeito google"

O Público de ontem noticia alguns dos efeitos perniciosos do acesso à internet - no que denomina de "efeito google na memória". O estudo é interessante, apontando para o facto de se memorizar menos quando se sabe que a informação estará rapidamente disponível. O mesmo efeito que em tempos permitiu a muitas pessoas não se lembrarem dos aniversários de outrém porque alguém próximo o faria por eles, verifica-se agora entre as pessoas e os computadores.

Até aqui, apenas um estudo interessante. Mas, como habitualmente, es mucho mas grave. Para quem não sabe, o google, outros motores de busca, e a maioria (totalidade?) dos sites da internet usam "cookies" para identificarem os utilizadores e assim fornecerem o conteúdo que potencialmente mais lhes interessará. Em muitos casos esses cookies são apagados no final da sessão, mas nem sempre. Quem já experimentou usar comparar os resultados de busca devolvidos pelo Google em computadores de utilizadores diferentes sabe bem que a ordem dos resultados e, frequentemente, os próprios resultados não são iguais. Isso acontece porque os perfis de utilização do google armazenados nesses cookies são diferentes. Em baixo forneço a minha pesquisa google com a palavra "política" para que comparem.

Ora, é bem sabido que a Google não é nenhum santinho. A ela pertence por exemplo o registo de ter chegado a acordo com o Governo Chinês no sentido de, no aniversário do Massacre de Tianamen, o seu motor de busca não devolver, em território chinês, qq informação sobre o que efectivamente aconteceu naquela praça (idem para a independencia do Tibete).

As duas noticias somadas, alertam-nos para um panorama sombrio. Facto é que quem controla a ordem e o próprio aparecimento de resultados neste hegemónico motor de busca pode, de facto, controlar boa parte do mundo. Numa altura em que os livros são crescentemente substituídos por ficheiros electrónicos chegando-se ao ponto de certas edições já pouco sairem em papel, poderá o google refazer a história? Não vejo porque não. A pesquisa no google é igual à pesquisa de um personagem numa fotografia. Se não estiver lá, nunca existiu. Veja-se, este exemplo, em que por pouco se ia refazendo a história.

Enfim, mais uns anos de completa liberdade legal deste gigante tecnológico (e financeiro) acompanhados da continuação da apologia da internet desde tenra idade, e veremos.

Nota: este artigo foi escrito no blogger, que é hoje propriedade da Google. Se daqui a uns anos não existir, nunca existiu...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Tempo de Antena PCP de 14 de Junho

Tenho bons amigos no PCP e, ainda que discorde politicamente deles em múltiplos aspectos, admiro a sua acção política. Pela sua dedicação à causa e pela sua importância no contexto político nacional, não pelos seus métodos.

Hoje estou aqui para lhes tirar o chapéu. O tempo de antena de ontem na RTP 1 prima pela inovação gráfica e capacidade de mobilização. Sinceramente, parece-me um bom passo no rumo certo. Existem algumas ambiguidades e aspectos que mereciam ser mais explorados, outros que deveriam estar ausentes, mas criticar é fácil. Certo é que se conseguiu chamar a minha atenção e levar-me a escrever este post, ainda que discordando dele em múltiplos pontos, cativará por certo muitos mais. E isso, no actual contexto de apatia do país, é globalmente bom.



ps. na altura de dar um título a este post vários me surgiram na cabeça e estiveram quase a ser publicados. "Haja esperança...", "BE acautela-te...", e outros. Remeto-os para este mero rodapé, optando por um simples descritivo.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Portugal não te revoltes não...

Na mesma semana em que se recebem pretensos "murros no estômago" e se incentiva as atenções populares a voltarem-se contra um inimigo externo (os mercados e as suas agências), eis que se sabe que "os dividendos auferidos por investidores particulares não vão pagar o imposto extraordinário de IRS anunciado na semana passada pelo primeiro-ministro."

As explicações adiantadas, variam consoante o orgão de comunicação social...
...por ser inconstitucional, por levar à fuga de capitais, por dificultar a cedência de crédito...

enfim, nada mais óbvio e natural...



sexta-feira, 8 de julho de 2011

Finalmente!

Na SIC Notícias

"A Grécia endividada e a revolta que está a contagiar o país são o tema em foco em Dividocracia, um documentário seguido de debate, para assistir na SIC Notícias este domingo, pelas 23.00."

Mais informações aqui

quinta-feira, 7 de julho de 2011

23 969 attending; 260 234 waiting reply

Nas últimas horas surgiram inúmeros eventos no facebook de protesto contra a recente descida, pela Moody's, do rating da Républica Portuguesa. O assunto não é novo. Foi já um dos grandes argumentos de Sócrates na justificação das suas políticas de austeridade em 2010 e 2011. Nomeadamente na justificação dos cortes à função pública e restantes medidas dos PECs. É curioso que, hoje, os papeis inverteram-se. Mas há algo mucho mas grave. A falta de memória e reacção impulsiva do povo português a este tipo de iniciativas.
É fácil, e será até estimulado pelo actual governo, esta revolta contra um inimigo exterior. Esquece no entanto um pormenor importante. O que se passa cá dentro. É precisamente por causa destas agências e da forma como os mercados financeiros funcionam que estamos a sofrer a austeridade. Mas o que mais não faltou foi gente em Portugal que os apoiasse ao longo dos ultimos meses. Elas, os seus ratings, e os "mercados" em geral, foram e são usados como justificativo do plano de austeridade que está neste momento a ser aplicado. Srs. como o nosso Presidente da República, o nosso Primeiro-Ministro e muita gente do PS não hesitaram, em 2010, em considerar que os vatícinios das agências e dos mercados eram correctos e que o que havia a fazer era "apertar o cinto".  Cavaco chegou mesmo a sugerir que era anti-patriótico criticar as agências, que o que era preciso era trabalhar, trabalhar, trabalhar.
A pergunta base a colocar deverá ser: se as pomos em causa, não deveriamos por em causa o plano de austeridade e quem o defende?
Fica a pergunta. E a perplexidade de toda esta mobilização nacional ocorrer contra inimigos exteriores mas nunca contra aqueles que, internamente e usando-os como desculpa, se preparam para desbaratar o património público e acabar com direitos sociais fundamentais.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Diga lá outra vez!

Cavaco Silva em Novembro de 2010 afirmava que "a retórica de ataques dos mercados era um erro", em Dezembro de 2010 que "Insultar os mercados prejudica a economia nacional".

Hoje, Cavaco Silva "congratula-se com a condenação da atitude da agência de notação financeira Moody’s por parte da União Europeia, de instituições europeias e internacionais e de vários governos europeus".

O que mudou? o governo. Mas, não nos fiquemos pelos raciocínios simples de partidarite aguda. Não é apenas isso. Es mucho mas grave.

A verdade é que este senhor não se emendou. Continua no poder e continua a insistir que a solução é austeridade, e austeridade, e trabalho e trabalho, e apertar o cinto e apertar o cinto, e perda de direitos sociais e perda de direitos sociais...apesar das frases que diz...

Não há tempo a perder. Quanto mais tempo este senhor e todos os outros (nacionais e europeus) se mantiverem no poder, com as suas falas simples sobre a austeridade e o apertar do cinto que não sentem, pior será a nossa situação. Estamos hoje a braços com um empréstimo mal explicado e que nunca conseguiremos pagar. Não há pedido de desculpas para a miséria e precariedade que a tentativa de se salvarem a si próprios e aos seus amigos já causou e irá ainda causar.

Meus caros, ele, os seus amigos, e todo o séquito de comentadores subservientes que os servem, foram avisados. TODOS foram avisados. E por muitos. Inclusive por um Prémio Nobel da economia, que já em em Dezembro de 2010 afirmava "Os defensores da austeridade prevêem que esta produza dividendos rápidos sob a forma de aumento da confiança económica, com poucos ou nenhuns efeitos negativos sobre o crescimento e o emprego; o problema é que não têm razão" e que a "que a estratégia correcta é emprego primeiro défice depois".

Dito isto, pouco mais há a dizer...não se trata aqui de uma ou outra opção política...trata-se de uma diferença muito clara entre uma política que se protege a si própria, se auto-preserva, e protege os seus lucros e amigos, e uma política que se quer centrada nos cidadãos, no seu bem estar, e por isso blindada a toda a escumalha de interesses financeiros que por aí anda. Perdoem-me o desabafo, mas a única solução é tirá-los, a TODOS, do topo da pirâmide e fazê-los pedir desculpa. A todos. Na cadeia. Porque quem sofre tem toda a legitimidade para traçar um limite para a miséria e desespero que tanta arrogância, individualismo e falta de sentido de estado podem causar.

Meus caros,

Não esperem pelo amanhã. O amanhã será apenas pior. Ainda mais irreversivel. Ainda mais difícil que o hoje. Venham para a rua. Agora. Já!. E exijam de uma vez por todos o que têm direito. Uma Democracia Verdadeira, que se preocupe convosco, que respeite os vossos sonhos (ainda que não lhe caiba garantir-los), e que acima de tudo, não vos trate como carne para canhão ou exército de escravos ao serviço de interesses economico-financeiros que nunca sequer saberão quem são!

No próximo fim de semana, não vão para a praia, não vão a concertos, não vão de férias. Porque quando regressarem a casa estarão contentes mas um pouco mais escravos e um pouco mais pobres. Venham ao Rossio. Venham ao Parque Edurado VII. Participem nestas ou noutras iniciativas da sociedade civil. Saiam de casa. Façam ouvir a vossa voz. De uma vez por todas! Se o vosso barco se afunda, pelo menos gritem por ajuda!

foda-se.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Golden share

Mais um belo exemplo de como uma simples política governamental gera enormes rendimentos nos privados. Sem a interferência do governo, as suas acções valem mais. Muito mais. Este é o tipo de mais-valias que o governo não cobra. Muito pelo contrário. Este é o tipo de mais-valias que o governo dá a ganhar.

Se houvesse uma investigação...

...aposto que se descobriria que alguns dos fundos de investimento em que banqueiros e governantes investem as suas poupanças apostam no "default" de Portugal...

Nota: é uma mera aposta. De facto, com a falta de transparência do sector financeiro nacional, nem me admira que eu próprio lá tenha o dinheiro da minha conta poupança investido.

I am Moody!

Sarcasticamente falando diria que pela primeira vez concordo com a porra das agências de rating. Também eu não penso que seja com estas políticas que Portugal consiga pagar a dívida. Sinceramente, tivesse eu dinheiro investido cá (tivesse eu dinheiro!) e estaria a apostar no não-pagamento da dívida e nunca no seu pagamento.

Mas eu, pelo menos sou sarcástico. Não tento iludir o povo com desculpas como um certo novo ministro que nos tenta convencer que a referida agência não tem conhecimento da situação política de Portugal (têm lá eles outra coisa!), que ignora o efeito do corte no subsídio de natal (ignoram lá eles outra coisa!), e que desconhecem que o governo se prepara para ir muito além do programa da troika (desconhecem lá eles outra coisa!) [podem ver essa desgraça aqui]

8:30

8:30. 8:30 foi a hora do início do conselho de ministros de hoje. Não lhes chega as 8 horas de trabalho diárias para todas as malfeitorias? ainda mal o português não abriu a pestana e já lhe estão a tramar a vida?

Esclarecimento: durante muitos anos trabalhei do outro lado do dia. Sei muito bem os milhares de Portugueses que não dormem a essas horas.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mensagem da Praça Sintagma aos Investidores Estrangeiros

Numa altura em que o Governo Grego sofre de crescente falta de legitimidade, faz algum sentido o apelo emitido ontem pela assembleia popular da praça Sintagma. Qualquer coisa nas linhas de...

Caros investidores, as propriedades e empresas públicas que comprarem a um governo sem legítimidade, perdê-las-ão quando o povo retomar o poder que é seu. E não terão direito a reembolso.



Antena 1 e a Grécia

Evidenciando que nem todos os média alinham pela mesma bitola, José Manuel Rosendo, enviado da Antena 1 à Grécia, apresenta a face pacífica dos protestos gregos e as conclusões da última assembleia popular (podem ouvir aqui).

De igual forma, ontem no programa visão global, Eduarda Maio apresenta aquilo que muitos jornalistas nacionais se têm esquecido de referir. Que existem evidências concretas de que a violência grega está a ser deliberadamente encenada no sentido de abafar a força dos protestos pacíficos (que não são referidas pelos outros média). E que o preço do pacote de arroz na grécia é 3x superior ao de Portugal (o que desmitifica a ideia passada nos restantes média de que os gregos viviam acima das suas possibilidades ao terem um salário mínimo ligeiramente superior ao nosso). Podem ouvir aqui