A esta hora, a "democracia" espanhola assegura já o controlo da praça. Uma praça que nunca deixou de ser sua, que apenas o foi de uma forma diferente, mais democrática, por uns meses.
Tomaram-na 300 polícias pela manhãzinha. E agora, ao final da tarde, no dia em que a taxa de juro da dívida espanhola atingiu novos máximos, a única forma de a manter, assim "democrática", parece ser encher o local de polícia, bloquear os acessos, exigir identificação e recusar passagem, obrigar o metro a desviar a rota, etc, etc, etc.
Note-se a diferença. Não consta que os manifestantes alguma vez tenham corrido com alguém à força da praça. Mas parece ser o que as instituições "democráticas" estão a fazer. Democracia? que Democracia? que Democracia é assim tão blindada a simples ideias e sonhos? Chamar Democracia a isto é uma mera formalidade, uma farsa mantida viva na opinião pública pelo seu valor simbólico e importância para quem manda, e quem lucra, com o status quo.
Assim é, um Europa tão democrática, tão democrática!, que nem sequer consegue pacificamente admitir em si a semente da sua própria evolução e mudança.
Por pacífica que ela seja.
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