É bom que se diga que houve 12 dias de acampamento nos quais que estiveram muito mais estruturas montadas naquele mesmo local do que os cartazes e exposição de fotografias que estavam hoje. E que estes 12 dias decorreram em clima de franca cooperação com a polícia municipal.
É bom que se diga, que até na preparação do espectáculo das festas de Lisboa naquela praça (1 de Junho) a câmara articulou com os acampados todos os pormenores, chegando inclusive a enviar planos do evento no sentido de articular com eles soluções de consenso que permitissem manter o acampamento.
É por isso muito preocupante que na véspera de eleições, já sem qualquer tipo de acampamento, a polícia municipal e o corpo de intervenção tenham decidido intervir. E que o fizessem logo à bastonada.
Fica a ideia de que o actual poder político decidiu antecipar o controlo destes fenómenos. Neste caso, de 6 para 4 de Junho. E também que decidiu deixá-lo bem gravado na memória colectiva. Para prevenção futura. E isso é grave. Muito grave. Sobretudo tendo em conta o descalabro economico, social e político que se adivinha no futuro próximo...
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